domingo, 17 de maio de 2015

Único superdotado do Alto Tietê estuda em escola de Poá

Após enfrentar dificuldades em outras unidades de ensino, Renato encontrou entendimento na escola poaense

Publicada em 17/05/15

Erick Paiatto
Renato tem 13 anos e tem facilidade com lógica e números, boa memória e um vocabulário diferenciado para um garoto de sua idade

Domingues Tomaz
Da Região



Renato Pereira Ceolla tem 13 anos e é aluno do ensino médio da Escola Estadual Ivone da Silva Oliveira, na Vila Júlia, em Poá. O adolescente gosta de contar histórias, sonha em ser roteirista de filmes e jogos eletrônicos e é um dos 1.041 jovens superdotados intelectualmente da rede estadual de ensino de São Paulo.

As habilidades de Renato foram confirmadas apenas no ano passado. Ele tem facilidade com lógica e números, boa memória e um vocabulário improvável para um garoto de 13 anos. Após enfrentar diversos problemas disciplinares e, entre os 11 e 12 anos, passar por quatro escolas diferentes - particulares e públicas -, ele finalmente encontrou entendimento na unidade educacional poaense.

O garoto se descreve como uma pessoa normalmente solitária, mas não porque gosta. Ele tem dificuldades em se relacionar com pessoas da mesma idade e prefere lidar com gente mais velha. Com a idade que tem, ele deveria estar cursando o 9º ano do ensino fundamental, mas foi acelerado um ano, pulando para o 1º colegial.

"A escola sempre foi difícil para mim, eu sempre odiei ter de ir estudar. As lições eram entediantes, não porque eu já sabia, mas porque os professores sempre passavam muito tempo falando do mesmo tema, já que cada um tem uma velocidade diferente de aprendizado. Além disso, eu sofria muito bullying. Agora, eu consigo me dar melhor com os colegas, tenho mais gente com quem conversar, pessoas com mais interesses em comum", conta.


Aceitação
Ângela Maria de Souza Pereira, mãe de Renato, diz que demorou a aceitar as diferenças do filho. "Eu via ele angustiado. Quando completou 11 anos e começou a ter dificuldades na escola, eu comecei a perceber que o profissional da educação negligenciava, não de forma deliberada, mas por não ter tempo para dar a atenção que o Renato precisava, por não ter preparo. Eu buscava na internet, mandava e-mail para especialistas, entrava em sites de congressos e lia artigos sobre a situação do meu filho. Eu queria tirá-lo daquela situação", relembra.


Agradecimento
Hoje, Ângela é grata ao serviço público por dar a assistência e o acompanhamento necessários ao caso dele. "Tem muitos colégios que buscam contar com alunos especiais como ele, mas agora eu não abro mão. Não vou tirar ele dessa escola", afirma.

"Embora saibamos por meio de estudos que a incidência de pessoas com altas habilidades é muito maior do que a de pessoas com deficiência, os primeiros não são tão aparentes quanto os segundos, mas ambos necessitam de um acompanhamento especial", explica a professora-coordenadora da Educação Especial da Diretoria de Ensino de Itaquaquecetuba, Cíntia Borges de Carvalho, 29.

O papel de Cíntia na educação estadual é dar respaldo de formação aos profissionais, preparando professores, coordenadores e diretores para lidar com alunos especiais. Ela foi a responsável por fazer os diagnósticos da situação de Renato e encaminhar seu nome para a aceleração.

"A principal dificuldade é identificar esse tipo de aluno. As pessoas, não apenas na área educacional, têm a necessidade de algum parâmetro que possa ser usado como comparação. Muitas vezes, o professor em sala de aula percebe que o aluno tem alguma habilidade extraordinária, mas pensa que, para ser superdotado, ele precisa ter um desempenho totalmente fora da curva, perfeito. Apesar de possuirmos um protocolo bem claro e simples, o educador deixa de assumir os riscos de classificar um aluno como diferente", analisa.

Disponível em: http://www.jornaldat.com.br/materia/98035/unico-superdotado-do-alto-tiete-estuda-em-escola-d.aspx

terça-feira, 12 de maio de 2015

Feliz Dia das Mães!

Um dos vídeos mais lindos em homenagem ao Dia das Mães comemorado no último domingo...
Para mamães mais que especiais! (PS: Chorei horrores! rsrsrsrsrs)


Dê uma ajudinha a si mesmo - Deficiência Física

Quarto vídeo de uma sequência da Campanha "Dê uma ajudinha a si mesmo, reveja seus conceitos", que aborda a convivência entre pessoas com e sem deficiência. Este sobre deficiência física!


Dê uma ajudinha a si mesmo - Deficiência Visual

Terceiro vídeo de uma sequência da Campanha "Dê uma ajudinha a si mesmo, reveja seus conceitos", que aborda a convivência entre pessoas com e sem deficiência. Este sobre deficiência visual!


Dê uma ajudinha a si mesmo - Surdez

Segundo vídeo de uma sequência da Campanha "Dê uma ajudinha a si mesmo, reveja seus conceitos", que aborda a convivência entre pessoas com e sem deficiência. Este sobre surdez!

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Dê uma ajudinha a si mesmo - Deficiência Intelectual

Após um ano fora do ar, por incentivo do meu colega de trabalho Alexsandro (valeu, Alex!!!), estou retomando hoje meu blog inclusivo!!!!

E para voltar em grande estilo, postarei aqui uma sequência de vídeos da Campanha "Dê uma ajudinha a si mesmo, reveja seus conceitos", que aborda a convivência entre pessoas com e sem deficiência. Nela, personagens com diferentes tipos de deficiência dramatizam situações cômicas cotidianas presentes no convívio com pessoas sem deficiência. O roteiro foi elaborado a partir de relatos de pessoas com deficiência.


A campanha é uma realização do Instituto Mara Gabrilli e conta com patrocínio da Sanofi e apoio da Secretaria Estadual de Cultura, SESC, Livraria Cultura e FarMais Tremembé. Também apoiam o projeto as entidades ligadas à inclusão das pessoas com deficiência: APAE DE SÃO PAULO, Instituto Olga Kos, Movimento Down Brasil, Grupo Chaverim, ABADS, ADID, Carpe Diem, APABB, APABEX, ARCA do Brasil, ADERE e SORRI BRASIL, FEAC e OAT.


São quatro vídeos e vou começar pelo meu preferido: o de deficiência intelectual!




segunda-feira, 26 de maio de 2014

Atividade 6: Gestão democrática e participativa: relatos das possibilidades

Nesta etapa do meu curso no Redefor, fui convidada a refletir sobre a gestão democrática e como ela se traduz no contexto escolar, em busca de uma perspectiva inclusiva. Desta forma, lembrei-me da 1ª Exposição de Artes "Olhar Tridimensional", realizada pelos alunos da E. E. Padre Simon Switzar (município de Poá) no dia 25 de abril, na Praça de Eventos de Poá. Não estive presente, mas segue o depoimento da minha companheira de trabalho, a PCNP Rosana Régis, sobre o dia:




"(...) Organizada [a exposição] pela Professora Marta Pereira da Soledade e.... é claro, com a participação especial dos alunos, que recepcionaram os visitantes com a maestria dos melhores Museus de São Paulo. Ao conversar com os alunos constatei a importância deste fechamento no processo que iniciou-se na sala de aula, onde foi trabalhado a tridimensionalidade em seus diversos aspectos conforme a série/ ano envolvida. Vale ressaltar que foi incluído trabalhos elaborados por alunos com deficiência (o trabalho que está dentro de uma caixa de papelão, fantástico!!). A empolgação dos alunos e, principalmente, a oportunidade de expressarem criticamente suas opiniões sobre temas que os envolvem na atualidade, estiveram presentes em toda exposição. Parabéns à toda Equipe, Parabéns alunos, e principalmente Parabéns Professora Marta, pela iniciativa, e por tornar o nosso Currículo de Arte vivo no dia-a-dia dos nossos alunos".


Percebi nesta ação diversas marcas de uma gestão democrática: uma prática que transpõe os muros da escola, exige reflexão coletiva e apoio por parte da equipe gestora; liberdade para discutir ideias e propor trabalhos inovadores. Exige também que cada aluno esteja inserido em uma cultura organizacional pautada no preceito de co-responsabilidade em seu próprio processo de aprendizagem, além da valorização por parte da gestão na expressão crítica destes alunos.